INTRODUÇÃO
O assunto central do Bên Hametzarim - "em meio às aflições", período de três semanas entre 17 de Tamuz e 9 de Av (vide post anterior) é o luto pela devastação de Ierushalaim (Jerusalém), que culminou com a destruição, dos dois Beit Hamikdash (dos Templos Sagrados):
O 1º Templo foi destruído no ano de 586 AEC, por Nevuchadnetzar (Nabucodonosor), Imperador da Babilônia e levou o povo judeu ao exílio babilônico. O 2º Templo foi destruído no ano de 70 EC, pelo Imperador romano Tito e levou os judeus à dispersão pelos "quatro cantos do mundo". Exílio que perdura até hoje.
O assunto central do Bên Hametzarim - "em meio às aflições", período de três semanas entre 17 de Tamuz e 9 de Av (vide post anterior) é o luto pela devastação de Ierushalaim (Jerusalém), que culminou com a destruição, dos dois Beit Hamikdash (dos Templos Sagrados):
O 1º Templo foi destruído no ano de 586 AEC, por Nevuchadnetzar (Nabucodonosor), Imperador da Babilônia e levou o povo judeu ao exílio babilônico. O 2º Templo foi destruído no ano de 70 EC, pelo Imperador romano Tito e levou os judeus à dispersão pelos "quatro cantos do mundo". Exílio que perdura até hoje.
Lugar mais elevado espiritualmente, o Templo Sagrado representava o centro de convergência de toda a vida judaica e, sua destruição, quase levou os judeus e o Judaísmo ao colapso, não fossem as atitudes assertivas de auto-preservação tomadas pelos líderes religiosos em suas respectivas épocas.
Esse post não vai se deter nas calamidades e destruição que assombraram os judeus neste período, mas, da construção do povo. Trataremos de luz, em vez de escuridão.
Nossas fontes sagradas dizem: Ierushalaim orô shel Olam - Jerusalém é a luz do mundo!
Nesse viés de construção de Jerusalém e dos Templos Sagrados é imprescindível destacar a personalidade judaica de David, responsável pelo estabelecimento da cidade como capital de Israel, no ano de 990 AEC e idealizador da construção do 1º Beit Hamikdash, concretizada por seu filho e sucessor Salomão (Shlomo) no ano de 950 AEC.
Esse post não vai se deter nas calamidades e destruição que assombraram os judeus neste período, mas, da construção do povo. Trataremos de luz, em vez de escuridão.
Nossas fontes sagradas dizem: Ierushalaim orô shel Olam - Jerusalém é a luz do mundo!
Nesse viés de construção de Jerusalém e dos Templos Sagrados é imprescindível destacar a personalidade judaica de David, responsável pelo estabelecimento da cidade como capital de Israel, no ano de 990 AEC e idealizador da construção do 1º Beit Hamikdash, concretizada por seu filho e sucessor Salomão (Shlomo) no ano de 950 AEC.
DAVID, O REI DE ISRAEL
Monumento de David com sua arpa - Jerusalém
O reinado de David começou ainda durante a vida de Shaul (Saul), o primeiro rei de Israel. O Tanach explica que Shaul teve sua dinastia interrompida por ter desobedecido a ordem de D-us de exterminar o povo de Amalek. A notícia foi-lhe transmitida pelo profeta Shmuel (Samuel), o mesmo que o havia ungido tempos atrás. Coube ao mesmo profeta a tarefa de ungir o jovem pastor David, nascido em Beit Lechem, filho de Ishay (Jessé) e descendente do ilustre juiz Boaz e Rut (Ruth), a moabita, cuja história de coragem e de devoção ao Judaísmo está narrada na Meguilat Rut - o livro de Ruth.
Talentoso músico, David frequentava o palácio real tocando arpa ao Rei Shaul, a fim de acalmar o espírito angustiado do monarca. Posteriormente, ao enfrentar e matar o gigante filisteu Goliat (Golias), mereceu casar-se com Michal, a filha do Rei. David era também amigo fiel de Iehonatan (Jonathan), filho de Shaul. A popularidade e o carisma de David despertou a inveja do rei, que, obsessivo, passou a persegui-lo como inimigo, no intuito de matá-lo, para que este não se transformasse numa ameaça ao seu, já condenado, reinado.
Shaul e Iehonathan foram mortos numa batalha vencida pelos filisteus, no Monte Guilboa. A morte do rei de Israel e de seu grande amigo foi pranteada por David, que consolou sua dor em prosa e em verso, compilados posteriormente no famoso livro dos Tehilim, os Salmos de David.
David retornou ao território de Iehudá (Judá ) reinando sobre a tribo na cidade de Chevron, permanecendo lá por sete anos e meio, até ser reconhecido como rei de Israel. Nesse ínterim, o trono de Israel ainda foi reinvidicado por Ish Boshet, filho de Shaul mas, ao final, David consolidou seu governo e liderança sobre todo o território de Israel, unindo os habitantes de todas as doze tribos (a terra de Israel estava dividida entre as 12 tribos, descendentes dos doze filhos de Yaakov - Jacob).
David foi rei por 40 anos. Este período foi considerado um modelo de excelência em governança.
David foi rei por 40 anos. Este período foi considerado um modelo de excelência em governança.
JERUSALÉM, A CAPITAL DE ISRAEL
"E foi David levando a Arca de D-us, da casa de Oved-Edom, para a
cidade de David com alegria". (2 Shmuel 6:12)
Por cerca de 440 anos, desde que os judeus entraram na terra de Israel, ainda na época de Iehoshua (Josué) até David, Jerusalém era uma cidade não habitada por judeus, no coração do estado judeu. David conquistou a fortificada cidade de Jerusalém das mãos dos jebuseus e a estabeleceu como capital do seu reino, construiu um estratégico corredor ligando Israel de norte à sul, unificando o país e mandou para lá o Aron Haedut (a Arca Sagrada), contendo as Tábuas da Lei. Desse modo, Jerusalém consolidou-se como centro religioso e político de todo o povo de Israel.
David trouxe paz a Israel e o respeito das nações à sua volta. Para ele, naquele momento, só faltava concretizar seu plano mais audacioso: construir uma moradia fixa para o D-us de Israel - o Beit Hamikdash.
A CONSTRUÇÃO DO BEIT HAMIKDASH
Segundo narra o Tanach, a resposta de D-us sobre os planos de David de construir o Beit Hamikdash veio por intermédio de Natan, o profeta da época: A dinastia David será eterna, ou seja, todos os reis de Israel pertencerão à casa de David porém, a construção do Templo se dará por intermédio de Shlomo (Salomão), conforme já falado anteriormente. O fato de David ser um guerreiro e estar envolvido em constantes batalhas, o impossibilitou de realizar esse sonho.
David escreveu: "Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, que minha destra perca a sua destreza! Que se cole minha língua ao palato, se não me lembrar sempre de ti, se não mantiver a recordação de Jerusalém acima da minha maior alegria" (Tehilim 137 5:6). Tanto amor e ligação com Jerusalém o fez merecedor de que a cidade mais sagrada para todos os judeus fosse chamada de Ir David - a cidade de David.
JERUSALÉM, A ETERNA CAPITAL DE ISRAEL
Por ocasião do anúncio do governo americano de transferir sua embaixada para Jerusalém, numa prova do reconhecimento da ligação milenar do povo judeu com sua eterna capital, o renomado rabino Jonhatan Sacks se pronunciou:
"A negação sustentada, em muitas partes do mundo, da conexão judaica com Jerusalém é desonesta, inaceitável e um elemento chave na recusa em reconhecer o direito de existir na terra de suas origens".
Termino esse post usando a fala do renomado escritor, Prêmio Nobel da paz e sobrevivente do Holocausto, Elie Wiesel (1928 -2016): "Quando um judeu visita Jerusalém pela primeira vez, é um regresso à casa".
E que tenhamos o mérito de vê-la reconstruída breve em nosso dias!
Quero mais
ResponderExcluirQuero mais historia
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirJá está na programação pelo menos mais um post na semana. Pode se identificar?
Obrigada pelos comentários.