Cena comum na 2a. Guerra Mundial - judeus sendo deportados.
PERGUNTAS AINDA SEM RESPOSTAS
Antes de escrever sobre Dreis Riphagen, fiz algumas reflexões e nem entro no mérito da questão das injustiças da guerra e da perseguição e morte dos judeus!
É verdade que o que os alemães fizeram aos judeus no Holocausto foi de uma covardia e desumanidade indescritível. Porém o que dizer de um cidadão (se assim pode ser chamado) que, em benefício pessoal, se passa por amigo e fiel depositário das riquezas e bens materiais dos judeus, para depois denunciá-los aos alemães e enriquecer às custas das fragilidades do grupo. Aproveitar-se da situação de vulnerabilidade dos judeus na época é ser tão cúmplice dos crimes nazistas, quanto os que ousaram cometer o crime na prática. Por que não foi punido devidamente como outros criminosos de guerra?
O mais apavorante é constatar que Riphagen não foi o único que agiu em causa própria. Quantos outros "Riphagen" não existiram? Fato é que os judeus eram sim denunciados aos alemães para que seus bens deixados fossem apossados por seus delatores!
É nosso dever fazer com que essa vil história e outras mais se tornem públicas. Talvez os homens consigam aprender, de uma vez por todas, a não repetir os mesmos erros!
INFÂNCIA E JUVENTUDE
Oitavo filho de uma família holandesa, Bernardus Andreis Riphagen nasceu em 7 de setembro de 1909. Aos 6 ficou órfão de mãe. Devido aos problemas de alcoolismo do pai, foi enviado aos 14 anos ao centro de treinamento da Marina Mercante "Pollux". Trabalhou nos Estados Unidos na Standart Oil por dois anos. Lá, conheceu mafiosos e "aprendeu" os métodos de bandidagem empregados posteriormente na Holanda. Foi nesse período que ganhou o apelido "Al Capone".
De volta à Holanda, filiou-se ao partido minoritário NSNAP (Partido Socialista Nacional dos Trabalhadores Holandeses) pró-ocupação alemã e de tendência antissemita.
Riphagen era um bandido conhecido no submundo do crime holandês. No livro "Riphagen, Al Capone, um dos maiores criminosos de guerra holandês", escrito em 2010, pelos jornalistas, Bart Middelburg e René ter Steege. ele é descrito por seus amigos como um sujeito forte e temido por todos; que quando não gostava de uma pessoa poderia socá-la sem hesitar.
HOLANDA SOB DOMÍNIO ALEMÃO (1940 -1945)
Riphagen aliou-se ao Serviço de Inteligência alemão (SD). Mais tarde, tornou-se membro do Escritório Central de Emigração Judaica, cuja tarefa era rastrear propriedades judaicas negociadas fora dos regulamento da moeda alemã da época. Os que prestavam este tipo de serviço recebiam era comissionados.
Dedicou-se na busca de judeus escondidos das garras nazistas e, como era holandês e tinha boa lábia, conquistava a confiança de seus clientes - os judeus - prometendo-lhes devolver os bens confiados em suas mãos, tão logo a guerra acabasse. Denunciava os judeus aos alemães e amealhava-se de suas riquezas. Riphagen enriqueceu, depositando fortunas nos bancos belgas e suíços.
Para se ter noção de onde chegava sua falta de escrúpulos, Riphagen confiscou uma luxuosa casa pertencente a uma judia holandesa, depois de prometer sua fuga para a Inglaterra. Denunciada, presa e deportada, ele apossou-se da casa e foi morar com sua esposa e filho.
No final da guerra, Riphagen trabalhou para SD, em Assen, norte da Holanda, buscando rebeldes dos grupos de resistência. Desempenhou papel importante no esfacelamento do Centro de Documentação de Identidade, responsável pela falsificação de documentos, um dos braços da organização clandestina de resistência. Nesta função, foi o responsável direto pelo assassinato do fotógrafo judeu Gerhard Jozeph Badrian, assim como outros membros da resistência holandesa.
Placa colocada no local onde Badrian foi alvejado pelos nazistas.
PÓS-GUERRA
Quando a guerra acabou, Dries Riphagen foi procurado por crimes contra a humanidade, porém, como as autoridades holandesas recém empossadas não tinham certeza de sua real identidade, ele aproveitou-se da situação para fazer um acordo com o novo chefe da polícia (e também ex-membro da resistência) Willen Evert Sanders. Em troca de informações importantes sobre a rede de colaboradores holandeses, ele seria mantido em prisão domiciliar, na casa de Sanders.
FUGA
Em 1946, Dries fugiu deixando sua esposa e filho. Dizem que foi contrabandeado num carro funerário até a Bélgica. De lá, passou 3 meses pedalando numa bicicleta até a Espanha, onde foi preso por falta de documentos.
Na Espanha foi libertado mediante pagamento de fiança, feita por um padre jesuíta. Recebeu roupas, sapatos, documentos falsos e diamantes de um comparsa do serviço secreto holandês. Riphagen fugiu para a Argentina, tão logo descoberto pelo governo da Holanda. Por falta de provas, a Argentina jamais o extraditou para a Holanda.
Eloquente na fala, Dries logo fez amizades no alto escalão do governo argentino, na época presidido por Juan Carlos Peron. Depois da deposição de Peron, Riphagen retornou à Europa, onde morreu de câncer, em Mountreux, na Suiça, em 1973.
Riphagen aliou-se ao Serviço de Inteligência alemão (SD). Mais tarde, tornou-se membro do Escritório Central de Emigração Judaica, cuja tarefa era rastrear propriedades judaicas negociadas fora dos regulamento da moeda alemã da época. Os que prestavam este tipo de serviço recebiam era comissionados.
Dedicou-se na busca de judeus escondidos das garras nazistas e, como era holandês e tinha boa lábia, conquistava a confiança de seus clientes - os judeus - prometendo-lhes devolver os bens confiados em suas mãos, tão logo a guerra acabasse. Denunciava os judeus aos alemães e amealhava-se de suas riquezas. Riphagen enriqueceu, depositando fortunas nos bancos belgas e suíços.
Para se ter noção de onde chegava sua falta de escrúpulos, Riphagen confiscou uma luxuosa casa pertencente a uma judia holandesa, depois de prometer sua fuga para a Inglaterra. Denunciada, presa e deportada, ele apossou-se da casa e foi morar com sua esposa e filho.
No final da guerra, Riphagen trabalhou para SD, em Assen, norte da Holanda, buscando rebeldes dos grupos de resistência. Desempenhou papel importante no esfacelamento do Centro de Documentação de Identidade, responsável pela falsificação de documentos, um dos braços da organização clandestina de resistência. Nesta função, foi o responsável direto pelo assassinato do fotógrafo judeu Gerhard Jozeph Badrian, assim como outros membros da resistência holandesa.
PÓS-GUERRA
Quando a guerra acabou, Dries Riphagen foi procurado por crimes contra a humanidade, porém, como as autoridades holandesas recém empossadas não tinham certeza de sua real identidade, ele aproveitou-se da situação para fazer um acordo com o novo chefe da polícia (e também ex-membro da resistência) Willen Evert Sanders. Em troca de informações importantes sobre a rede de colaboradores holandeses, ele seria mantido em prisão domiciliar, na casa de Sanders.
FUGA
Em 1946, Dries fugiu deixando sua esposa e filho. Dizem que foi contrabandeado num carro funerário até a Bélgica. De lá, passou 3 meses pedalando numa bicicleta até a Espanha, onde foi preso por falta de documentos.
Na Espanha foi libertado mediante pagamento de fiança, feita por um padre jesuíta. Recebeu roupas, sapatos, documentos falsos e diamantes de um comparsa do serviço secreto holandês. Riphagen fugiu para a Argentina, tão logo descoberto pelo governo da Holanda. Por falta de provas, a Argentina jamais o extraditou para a Holanda.
Eloquente na fala, Dries logo fez amizades no alto escalão do governo argentino, na época presidido por Juan Carlos Peron. Depois da deposição de Peron, Riphagen retornou à Europa, onde morreu de câncer, em Mountreux, na Suiça, em 1973.
Riphagen em 1945
LEMBRAR E NUNCA ESQUECER!
LEMBRAR E NUNCA ESQUECER!
Espero que tenham gostado de conhecer a vida do inescrupuloso criminoso de guerra Andreis Riphagen. Até a próxima!
Muito bem elaborado, parabéns para a blogueira!
ResponderExcluirImpressionante a vida de uma pessoa, como ela pode ser tendenciosa, maléfica mesmo!
ResponderExcluirMais uma vil história. Mentes doentias.
ResponderExcluirAcabei de ver o filme novamente hoje 04/02/2022, realmente é muito revoltante, acredito que varias pessoas tiveram oportunidade de mata-lo mais se acovardaram. E se safou escondendo-se na Argentina que acoitou este genocida, deveria ser morto bem devagarinho...Deus que me perdoe..
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