EM 1939

Em Chanuká, a conhecida Festa das Luzes, famílias judias de todos os quatro cantos da Terra acendem suas Chanukiot divulgando os milagres que aconteceram na época em que os gregos dominavam a Terra de Israel. O post O domínio grego e a história de Chanuká relata o contexto, a brava luta e a vitória dos Chashmonaim sobre o poderoso exército grego.
Entretanto, mais que uma vitória militar, Chanuká comemora a vitória ante a ameaça de assimilação do povo judeu aos costumes e cultura helenista, impostos pelo Império Grego dominante na Terra de Israel, naquela época. Para os judeus, o risco da "morte" espiritual é bem mais temido que o da "morte" física.
As mulheres tiveram uma posição de destaque nesta luta. No post anterior Yehudit: a heroína de Chanuká, falou-se de como a jovem e bela Yehudit, filha do Sumo Sacerdote Yochanan, conseguiu derrotar o poderoso general Holofernes.
Histórias de heroísmo e Kidush Hashem (Santificação do Nome de D-us) multiplicaram-se em Chanuká! O post da semana traz outra delas, a de Hanna e de seus sete filhos.
Na tentativa de minar a força dos rebeldes, Antiochus Epifanes proibiu aos judeus o cumprimento de algumas mitzvot essenciais à continuidade do Judaísmo: o estudo da Torá, o shabat, o brit milá (circuncisão) e a santificação da lua (Rosh Chodesh). E foi cumprindo estas mitzvot proíbidas, que Hanna e seus sete filhos foram pegos e levados à presença do tirano grego.
O primogênito foi o primeiro a ser inquerido pelo rei: ou se prostrava para o ídolo ou morreria. O jovem respondeu que jamais iria trair o primeiro preceito dos 10 mandamentos: "Eu sou o Senhor teu D-us". A ordem de matá-lo foi dada e, assim, os soldados foram matando um filho após o outro até chegar ao caçula deles. O pequeno também recusou-se.
Antiochus ainda tentou convencê-lo de outra forma: "E se jogasse o anel do rei no chão?". Apesar de aterrorizado com as cenas dos assassinatos de seus irmãos que presenciara, o menino não se curvou, mantendo-se fiel e firme na crença do D-us único - o D-us de Israel.
Hanna foi trazida diante do perverso Antiochus,. Hanna fortificou a fé da criança e pediu-lhe que quando estivesse com seus outros irmãos, que fossem até Avraham Avinu e dissessem para ele que enquanto ele quase sacrificou um filho (Akedat Yitzchak), ela havia sacrificado sete filhos num único dia". O menino foi assassinado em Kidush Hashem. Todos os presentes não imaginavam serem derrotados por jovens tão determinados.
Depois Hanna subiu no telhado e jogou-se de lá.
Uma voz dos céus foi ouvida: "Em habanim semechá" - "uma jubilosa mãe de filhos".
Termino o texto com uma frase dos mestres chassídicos que gosto de usar: "Um pouco de luz dissipa muita escuridão". E essa é a vantagem da luz sobre a escuridão.
Hanna e seus sete filhos encontram-se enterrados em Tzfat (foto ao lado). Que a lembrança deles seja abençoada!
Até a próxima!
Chanuká Sameach!
Bibliografia
Talmud, Tratado de Guitin 57b
Q história triste da Hannaץ
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