domingo, 22 de dezembro de 2019

HANNA E SEUS SETES FILHOS: CHANUKÁ

BRANDERBURG GATE:

    EM 1939
Resultado de imagem para Brandenburg gate nazism era                                                                                                                                       CHANUKÁ EM 2019                  ;                                                                                      Deutschland Chanukka Leuchter Brandenburger-Torz ARCHIV

Em Chanuká, a conhecida Festa das Luzes, famílias judias de todos os quatro cantos da Terra acendem suas Chanukiot divulgando os milagres que aconteceram na época em que os gregos dominavam a Terra de Israel. O post O domínio grego e a história de Chanuká relata o contexto, a brava luta e a vitória dos Chashmonaim sobre o poderoso exército grego.

Entretanto, mais que uma vitória militar, Chanuká comemora a vitória ante a ameaça de assimilação do povo judeu aos costumes e cultura helenista, impostos pelo Império Grego dominante na Terra de Israel, naquela época. Para os judeus, o risco da "morte" espiritual é bem mais temido que o da "morte" física.

As mulheres tiveram uma posição de destaque nesta luta. No post anterior Yehudit: a heroína de Chanuká, falou-se de como a jovem e bela Yehudit, filha do Sumo Sacerdote Yochanan, conseguiu derrotar o poderoso general Holofernes.

Histórias de heroísmo e Kidush Hashem (Santificação do Nome de D-us) multiplicaram-se em Chanuká! O post da semana traz outra delas, a de Hanna e de seus sete filhos.

Na tentativa de minar a força dos rebeldes, Antiochus Epifanes proibiu aos judeus o cumprimento de algumas mitzvot essenciais à continuidade do Judaísmo: o estudo da Torá, o shabat, o brit milá (circuncisão) e a santificação da lua (Rosh Chodesh). E foi cumprindo estas mitzvot proíbidas, que Hanna e seus sete filhos foram pegos e levados à presença do tirano grego.

O primogênito foi o primeiro a ser inquerido pelo rei: ou se prostrava para o ídolo ou morreria. O jovem respondeu que jamais iria trair o primeiro preceito dos 10 mandamentos: "Eu sou o Senhor teu D-us". A ordem de matá-lo foi dada e, assim, os soldados foram matando um filho após o outro  até chegar ao caçula deles. O pequeno também recusou-se.

Antiochus ainda tentou convencê-lo de outra forma: "E se jogasse o anel do rei no chão?". Apesar de aterrorizado com as cenas dos assassinatos de seus irmãos que presenciara, o menino não se curvou, mantendo-se fiel e firme na crença do D-us único - o D-us de Israel.

Hanna foi trazida diante do perverso Antiochus,. Hanna fortificou a fé da criança e pediu-lhe que quando estivesse com seus outros irmãos, que fossem até Avraham Avinu e dissessem para ele que enquanto ele quase sacrificou um filho (Akedat Yitzchak), ela havia sacrificado sete filhos num único dia". O menino foi assassinado em Kidush Hashem. Todos os presentes não imaginavam serem derrotados por jovens tão determinados.

Depois Hanna subiu no telhado e jogou-se de lá.

Uma voz dos céus foi ouvida: "Em habanim semechá" - "uma jubilosa mãe de filhos".

Imagem relacionadaSobre este assunto, o rabino cabalista Yitzchak Guinsburg disse: "Hanna e seus sete filhos sacrificaram suas vidas na terra para estabelecer e revelar aos olhos do mundo, o vínculo essencial da alma judaica com a vida eterna, sem os limites de tempo e de espaço ... para iluminar a escuridão ao redor do mundo".

Termino o texto com uma frase dos mestres chassídicos que gosto de usar: "Um pouco de luz dissipa muita escuridão". E essa é a vantagem da luz sobre a escuridão.

Hanna e seus sete filhos encontram-se enterrados em Tzfat (foto ao lado). Que a lembrança deles seja abençoada!



Até a próxima!

Chanuká Sameach!


Bibliografia
Talmud, Tratado de Guitin 57b


     

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