terça-feira, 17 de dezembro de 2019

YEHUDIT: A HEROÍNA DE CHANUKÁ

Resultado de imagem para Anne frankSobre a repercussão do post anterior que falava sobre o gansgster holandês Riphagen, agradeço os comentários feitos na página e por whatsapp. Sem dúvida impressiona o mau caratismo e a falta de humanidade daquele indivíduo. Para "encerrar" (pelo menos por enquanto) o assunto, compartilho um pensamento de Anne Frank, judia, também vítima do Holocausto, na Holanda, quando tinha apenas 15 anos:

 "O que é feito, não pode ser desfeito, mas podemos prevenir que aconteça novamente".

Sábias palavras para uma jovem que amadureceu a “duras penas”.
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Muito se comenta sobre os milagres ocorridos em Chanuká, a Festa das Luzes (163 A.E.C.). O jarro de azeite encontrado lacrado com quantidade suficiente para apenas 1 dia, ter durado 8 dias, tempo suficiente para que uma nova produção de azeite fosse providenciada. A vitória do pequeno exército dos Chashmonaim sobre o numeroso e fortemente armado exército grego. A reinauguração do Templo - Beit Hamikdash. Realmente grandes feitos e milagres!

O post da semana traz a história importante e, talvez, pouco conhecida, protagonizada por Yehudit, a filha do Sumo Sacerdote Yochanan. Uma bela e graciosa jovem mulher que se levantou e, contradizendo os melhores prognósticos, derrotou o poderoso general Holofernes, comandante dos exércitos de ocupação do déspota Antioco Epifanes, imperador grego.

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Vamos à história!

A cidade de Betúlia, na Judeia, estava sitiada por Holofernes e seu poderoso exército. Os judeus recusavam-se a obedecer as leis restritivas ao cumprimento de sua religião, impostas pela nação dominante. Apesar do poderio militar, Holofernes não conseguia derrotar os rebeldes de Betúlia. Então resolveu mudar de tática: matá-los de fome e sede. Destruiu os poços de água e impediu a entrada de alimentos na cidade.

A resistência da população entrou em colapso com a fome e a sede vigorando na cidade. O risco de morte era iminente. Os judeus pressionavam os líderes da rebelião Uziahu e os anciãos à rendição. Sem muita alternativa, pediram mais cinco dias de prazo, com a confiança que Hashem não os abandonaria naquele momento de aperto.

Foi aqui que surgiu Yehudit. Com um discurso determinado, enfrentou os líderes perguntando-lhes quem eram eles para estipular prazos a D-us. Além do mais, Holofernes era implacável com seus inimigos, com ou sem rendição, morreriam de qualquer jeito.

Yehudit conclamou Uziahu e os anciãos a não perderem a confiança em D-us e que aliado a isso, ela tinha um plano: sair da cidade acompanhada de sua serva para se encontrar com Holofernes. Yehudit lembrou que um milagre parecido já havia acontecido em outra época, com outra heroína judia, Yael, que conseguiu decapitar o poderoso general canaanita, Sissera (Livro dos Juízes).

Yehudit era conhecia por suas boas virtudes e temor a D-us. Desde que o marido Menashe morreu, ela passava longas hora em tefilá (reza) e tzedaká (caridade). Yehudit convenceu os líderes judeus.
Ela sabia o risco que corria com seu plano, mas não perdeu a fé em D-us.

Durante o caminho até o acampamento de Holofernes, Yehudit foi implorando pela misericórdia Divina. Encontrando guardas pelo caminho, pediu para ser levada ao poderoso general. Yehudit justificou-se falando que sabia como Holofernes poderia derrotar de vez a cidade de Betúlia.

A mulher explicou que o D-us dos hebreus está do lado deles quando cumprem os mandamentos da Torá. Tão logo acabasse a comida kasher dos depósitos, eles teriam que se alimentar de comida não kasher. Isto despertaria a fúria de D-us sobre eles, consequentemente, eles ficarão sem proteção Divina.

Holofernes estava encantado com Yehudit pela extraordinária beleza e sabedoria. Enquanto aguardava o ok da jovem para atacar a cidade de Betúlia, ele passava dias e noites se embebedando. Ao final de três dias sem resposta e já impaciente, recebeu Yehudit em sua tenda. Ela o alimentou com queijo salgado e vinho. O tirano caiu em sono profundo e foi decapitado pela mulher.

Yehudit e a serva carregaram a cabeça de Holofernes até a cidade de Betúlia, onde Uziahu aguardava ansiosamente o desfecho do plano da jovem. Uziahu atacou o acampamento inimigo, que sem seu general foi obrigado a fugir.

CHANUKÁ E AS MULHERES

Como, em parte, a vitória dos judeus sob jugo grego deveu-se a participação de uma mulher, Yehudit, as mulheres ganharam alguns deveres e benefícios especiais nesta festa.

1. Acendimento da Chanukiá
Embora as mulheres estejam isentas de cumprir mitzvot que exijam um tempo determinado para cumpri-las, elas são obrigadas da mitzvá do acendimento da chanukiá.
2. Trabalho
Não trabalhar nos primeiros 30 minutos do acendimento da chanukiá.
3. Tefilá
Devem acrescentar na tefilá e no birkat hamazon (bênção posterior à ingestão de pão), o trecho de "Al Hanissim...", referente à Chanuká.

Chanuká Sameach!!!
Até a próxima!!


BIBLIOGRAFIA

Meam Loez - Bamidbar - Maassê Yehudit - págs. 95 - 101.
Talmud - Maassê Yehudit - http://www.acheinu.co.il/?p=1362
http://www.chabad.org.br/datas/chanuca/cha049.html
https://www.chabad.org/holidays/chanukah/article_cdo/aid/103019/jewish/The-Story-of-Yehudit.htm











5 comentários:

  1. Perola Z.:Rabanit MIRIAM BENZECRY
    Obrigado pelos posts tão esclarecedores sobre fatos da nossa Rica História JUDAICA

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  2. Simone A.: O blog é excelente
    כל הכבוד!

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  3. Silvia M.: A história dela (Anne Frank) e muito triste��

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  4. Bom dia!
    Muito interessante a historia.
    Gostei!

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Obrigada pelo comentário.